Não estou aqui para discutir a qualidade do piloto brasileiro. Há quem goste e há quem não goste. Mas qual o valor financeiro que a figura dele representa?
Barrichello esteve na F1 por 19 anos e nunca precisou de um patrocinador para garantir uma vaga. Mas antes de chegar ao olimpo do automobilismo, o piloto contou com o patrocínio da Arisco, que o acompanhou até 1994, já na F1. Depois disso, abandonou a marca das caixinhas vermelhas para assinar um patrocínio com a Pepsi, que durou pouco mais de um ano. Ainda durante a sua carreira contou com o apoio de outras empresas, entre elas a Nokia, em sua passagem pela Ferrari, e a Itaipava quando estava na Brawn. O caso da Nokia e Itaipava foi apenas pontual e para explorar o bom retorno de mídia do piloto.
Depois de todos os anos na F1, Rubens se viu numa briga por uma vaga na Williams contra Bruno Senna. Porém a briga era financeira. Barrichello conseguiu certa quantia com a BMC (Brasil Máquinas), mas o sobrinho do tricampeão conseguiu um montante maior e ficou com a vaga.
Foi então que Barrichello começou sua escalada na IndyCar aceitando o convite do seu amigo Tony Kanaan, campeão da categoria em 2004. Além de aceitar o convite e ir bem nos testes com o novo carro, teria que correr atrás de 5 milhões de reais.
A BMC, que já investe na Stock Car e deu até nome para a e etapa da “Corrida do Milhão” em 2011, Embrase e Locaweb investiram no brasileiro.
Somente na apresentação do piloto, bem explorada pelo Grupo Bandeirantes, que tem os direitos de transmissão da IndyCar e por uma inclusão durante o Globo Esporte, as empresas já tiveram uma amostra do peso de Barrichello na mídia. Aqui vale um parêntese: a Globo sempre ignorou a IndyCar, a chamando apenas de “uma categoria americana” em diversas situações, mas hoje chamou pelo nome e sobrenome e deu um espaço ao vivo de aproximadamente 4 minutos no programa comandado por Tiago Leifert e até no Jornal Nacional a notícia foi comentada. Só essa exposição talvez já tenha gerado mais retorno para a BMC do que durante todo o ano de 2011 em sua temporada com a Stock Car.
Há de se levar em consideração também a internet e suas mídias sociais. Não menos do que 1 milhão de pessoas leram sobre seu anúncio de correr na IndyCar.
Barrichello vale 5 milhões de reais?
Vale. E talvez bem mais do que isso.
Belo texto!!!
Parabéns!!!!!!!!
Espero que venha mais!!!!!!
Uia, Mantovani resolveu escrever. E até escreve bem, o danado. 🙂
Como estou no ramo há 17 anos posso garantir que ele vale bem mais do que isso.
Se a ARISCO tinha nome no carro da Jordan em 93/94 era porque ele levava patrocinador pra equipe, logo era “pagante” sim. O mesmo aconteceu na mesma Jordan em 95/96 Rubens levou cerca de 3,5 milhões de dólares para a equipe, um valor considerável na época, hoje seria em torno de quanto, uns 10 milhões? Na Stewart Rubens tinha o patrocinador da DAVENE, se ela patrocinava ele ainda era pagante! Rubens só não precisou pagar na Ferrari, Honda, Brawn e na Williams, mas em 2012 pra ficar com a vaga tinha que levar dinheiro, logo voltaria a ser pagante.
Na Indy é o mesmo caso, se leva patrocinador, é pagante sem a grana ele não correria na Indy esse ano, isso ocorreu com Kanaan em 2011.
A questão é: patrocínio que o piloto tem, mas…. A equipe o contratou PELO patrocínio?… Alguma equipe de ponta contrataria Alonso, Vettel ou Hamiltom pelos patrocícios que eles tem??? A Ferrari contratou Schumacher pra ter dinheiro do patrocinador dele??? A Shell e Malboro é que pagavam seu salário. Barrichello foi pra Stewart não pelo dinheiro, mas pela experiência que tinha em F1. Jakie disse isso. No caso da Jordam não tenho conhecimento pra opinar.